Na quarta-feira (04) Mongaguá recebeu a última oficina de tratamento de resíduos, na segunda etapa do projeto de implementação do Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PRGIRS) regional. IPT e Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM) promoveram o evento. O público-alvo incluiu gestores públicos, ONGs e associações, catadores, sociedade civil e professores.
A oficina abordou as ações desenvolvidas até o momento no PRGIRS. A recuperação de recicláveis no município e região desempenha um papel fundamental. Contribui para cumprir metas estabelecidas nos planos locais e nacional e, além do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Promove geração de renda, inclusão, redução de impactos ambientais e estende a vida útil dos aterros sanitários.
Letícia Macedo, pesquisadora do Núcleo de Sustentabilidade e Baixo Carbono do IPT (Nuscarbon), destacou os avanços na coleta seletiva, nas cooperativas e cooperados. “Mas ainda há uma série de desafios para atingir metas de redução de resíduos na Baixada Santista. A gestão de resíduos requer uma colaboração conjunta de todos os envolvidos, incluindo a participação da população na separação adequada dos resíduos, o suporte do poder público na disponibilização de infraestrutura e educação ambiental, além do estímulo à cadeia de reciclagem.” Sua colega de núcleo, a pesquisadora Fernanda Peixoto, abordou a elaboração do termo de referência para viabilizar unidades microrregionais de triagem. “Essa infraestrutura permitirá melhores condições de trabalho aos catadores, maior renda, expansão da capacidade de triagem e beneficiamento dos materiais, reduzindo a disposição em aterro.”
Foram apresentados os guias para ‘Estruturação de Sistemas de Logística Reversa: Contexto dos Municípios’ e ‘Estruturação de Sistemas de Recuperação de Resíduos Recicláveis Secos’, ambos em produção. Deverão fornecer informações e orientações aos gestores públicos para o planejamento, implantação e operação desses sistemas em níveis municipal e microrregional.
Trocando ideias – A oficina de Mongaguá teve contribuições de participantes. Fabrício Soler discutiu a gestão compartilhada ao longo do ciclo de vida dos produtos, delineando as responsabilidades de cada ator. Abordou desafios e oportunidades da logística reversa e da coleta seletiva nos modelos atuais. Ricardo Abussafy apresentou linha do tempo do Programa Mãos Pro Futuro, numa visão da estrutura de cooperativas e resultados do programa.
Marcelo Mello, da Cooperativa Cooperben de Guarujá, e Cherry, da Cooperativa Amantes da Natureza de Peruíbe, trouxeram a realidade das cooperativas. Apresentaram desafios na sua organização e operação, enfatizando a inclusão dos catadores que beneficia a eles mesmos e a sociedade em geral. Cristina Sartoretto apresentou o Centro de Ciência para o Desenvolvimento Soluções para os Resíduos Pós-Consumo: Embalagens e Produtos (CCD Circula). Mostrou uma visão de futuro das embalagens na ótica da economia circular.
Fonte: Assessoria de Imprensa do IPT