A definição de uma rede integrada do sistema cicloviário foi apontada como uma das ações prioritárias do Plano Regional de Mobilidade Sustentável e Logística da Baixada Santista (PRMSL-BS), apresentado em audiência pública nesta quinta-feira (8) na Associação Comercial de Santos. A integração do transporte coletivo público e a requalificação viária também foram elencados como prioridades do plano, iniciado em abril 2021, com o objetivo de otimizar os deslocamentos na região nos próximos 20 anos.
Em fase final de elaboração, o PRMSL-BS será concluído em fevereiro de 2023, com a assinatura de um Pacto Metropolitano, pelos gestores dos nove municípios da região. Sob a coordenação da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), o plano foi desenvolvido pelo Programa Eurcolima +, com financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), por meio da Setec Hidrobrasileira e das consultorias Oficina e Despácio.
“O melhor lugar para se fazer ciclovias nesse país é a Baixada Santista”, ressaltou Luis Fernando Pierro, consultor da Setec, ao detalhar o plano e apresentar os custos do financiamento dos projetos propostos para a sua execução. Segundo ele, o trabalho elencou, ao todo, 177 ações relacionadas ao transporte coletivo, infraestrutura rodoviária e deslocamentos a pé e por bicicletas. “Foram levadas em conta também questões relativas a gênero e raça, desigualdades socioespaciais, sustentabilidade e gestão pública”, acrescentou ele.
O trabalho, elaborado sob as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), foi iniciado com o levantamento de dados da região, com relação ao volume de tráfego, sistema de transporte e à demanda do sistema cicloviário, além da avaliação qualitativa de toda a infraestrutura de transporte da região.
Na sequência, foram realizadas consultas com gestores públicos municipais e com a população, através de fóruns metropolitanos, e de escutas setoriais, que contribuíram para a definição das ações propostas após o prognóstico.
Segundo o diretor executivo da Agem, Milton Gonçalves da Luz, o minucioso trabalho realizado servirá de base para nortear as ações a serem adotadas em conjunto pelas nove cidades da região em favor da integração metropolitana por meio da mobilidade urbana. “ O pacto metropolitano deverá selar o compromisso de colaboração com a execução das propostas apresentadas”, destacou.
A audiência pública, que foi transmitida também pelo Youtube, contou a participação da coordenadora técnica da AFD, Marina Moscoso; do assessor de comunicação da Oficina Consultores, Otávio Santana; do secretário de Trânsito de Praia Grande e coordenador da Câmara Temática do Condesb, Leandro Avelino; do diretor técnico da Agem, Marcio Quedinho e de representantes dos nove municípios da região, além de especialistas e moradores da Baixada Santista.